A Vacheron Constantin, guardiã de mais de dois séculos e meio de tradição, marca o seu 270.º aniversário com uma peça que ultrapassa os limites da mecânica e se eleva ao domínio cultural. La Quête du Temps apresenta-se como um autómato astronómico inserido numa peça relojoeira monumental, fruto de sete anos de investigação e da união de saberes entre artesãos, engenheiros, músicos e astrónomos. Muito além de um simples relógio, é um autêntico “mécanique d’art”, onde se encontram rigor técnico, mestria decorativa e uma aura histórica fascinante.
Sob uma abóbada de vidro pintada à mão, que recria o céu de Genebra em 17 de setembro de 1755, data de fundação da maison, ergue-se a figura de um astrónomo dotado de movimentos de impressionante naturalidade. Com 144 gestos diferentes, é capaz de indicar as horas enquanto convida a mergulhar na contemplação dos enigmas celestes. A coreografia é acompanhada por composições originais de Woodkid, criando uma experiência em que a emoção se alia à precisão mecânica.
Composto por 6293 elementos, entre os quais 23 complicações e quinze patentes, La Quête du Temps afirma-se como uma proeza tanto técnica como estética. O calibre 9270 integra um turbilhão de grandes dimensões, calendário perpétuo, indicações astronómicas e várias funções retrógradas, assinatura histórica da Vacheron Constantin. A lua tridimensional com indicação retrógrada e precisão secular acrescenta um segundo autómato ao conjunto, reforçando o caráter poético da criação.
O esplendor da obra revela-se também na escolha e no acabamento dos materiais. Cristal de rocha, lápis-lazúli, madrepérola, esmalte grand feu e diamantes foram trabalhados através de técnicas ancestrais como o guilloché, a gravação em alto-relevo, a marchetaria de pedras duras e a pintura em miniatura aplicada no interior do vidro. O resultado é uma estrutura com mais de um metro de altura, de aparência surpreendentemente leve e translúcida, como se a matéria fosse apenas veículo para a dança da luz e do tempo.
La Quête du Temps não representa apenas um triunfo de engenharia, mas um verdadeiro manifesto cultural, espelhando o espírito iluminista que esteve na génese da maison e que hoje continua a unir tradição e inovação. “Com esta criação celebramos não apenas a nossa herança, mas também a capacidade infinita de sonhar e criar”, declarou Laurent Perves, CEO da Vacheron Constantin. Para Christian Selmoni, diretor de Estilo e Património, “foi uma aventura humana e artística sem precedentes, possível apenas graças à paixão e ao talento de todos os que partilharam esta visão”.
Resultado da colaboração com o Museu do Louvre, La Quête du Temps estará em exibição até 12 de novembro, assumindo-se como peça central de uma mostra que reuniu também preciosidades históricas da coleção do museu.
Fazendo eco desta monumental criação, a Vacheron Constantin apresentou também o Métiers d’Art – Tribute to The Quest of Time, um relógio de pulso de edição limitada a 20 peças que traduz a essência do autómato numa escala mais íntima. Desenvolvido ao longo de três anos e equipado com o novo calibre 3670 de corda manual, composto por 512 elementos e protegido por quatro pedidos de patente, este modelo combina alta frequência com uma reserva de marcha de seis dias.
O mostrador é dominado por uma figura dourada que utiliza os braços como ponteiros retrógrados, evocando o espírito do “Bras en l’Air” de 1930 e homenageando o autómato do La Quête du Temps. O utilizador pode optar entre dois modos de leitura das horas: contínuo ou a pedido. Complementam esta arquitetura poética uma lua tridimensional de precisão, que indica não só a fase como também a idade lunar, e um mapa celeste no verso da caixa, cuja exatidão só se desvia um dia em mais de nove milénios.
Tal como na peça monumental, também aqui os ofícios artísticos têm protagonismo: a figura humana tridimensional em titânio é finalizada com tratamento dourado e pátina manual, os arcos das horas e minutos são trabalhados em ouro branco, enquanto a lua 3D apresenta um acabamento bicolor em PVD. A caixa em ouro branco de 43 mm, com certificação Poinçon de Genève, alberga esta obra rara, limitada a apenas 20 exemplares disponíveis exclusivamente nas boutiques da marca.
Assim, entre a grandiosidade escultórica do La Quête du Temps e a precisão intimista do Métiers d’Art – Tribute to The Quest of Time, a Vacheron Constantin reafirma, no seu legado de 270 anos, o seu estatuto de guardiã da beleza, da técnica e da imaginação, perpetuando uma visão de relojoaria onde o tempo se transforma em arte.