A Dior de Jonathan Anderson para a primavera-verão 2026
Apresentada a 1 de outubro no magnífico Jardin des Tuileries, em Paris, a coleção Dior pronto-a-vestir primavera-verão 2026, concebida por Jonathan Anderson, procurou explorar a identidade da maison através de uma reinterpretação sensível do seu legado.
Entre laços icónicos e volumes esculturais
O novo diretor criativo recorreu a referências de arquivo, reinventadas de forma criativa, dando-lhes uma nova atualidade. Os laços, símbolo intemporal da casa, surgiram em múltiplas versões, aplicados em casacos com pinças frontais, minissaias drapeadas em algodão, vestidos de renda leves e carteira Dior Cigale com alça superior. As icónicas Bar jackets apareceram em formatos mais compactos, com volumes esculturais, enquanto capas ajustadas de linhas onduladas e calções de corte amplo criaram uma ligação direta à sua estreia em junho e ao prestígio da alta-costura da Dior. O conjunto transmitiu uma tensão sedutora, revelando uma pluralidade de atitudes e formas de expressão pessoal.
O legado da Dior
O cenário, concebido por Luca Guadagnino e Stefano Baisi, uniu o digital ao físico num ambiente de austeridade elegante. Imagens concebidas pelo documentarista Adam Curtis, especialmente encomendadas para o desfile, projetaram a história da maison numa pirâmide LED invertida, que acabou por se transformar, de forma surpreendente, numa caixa de sapatos Dior. Esta metamorfose simbolizou um passado cuidadosamente guardado, sempre disponível para ser revivido como memória.