No final da semana passada, a 13 de fevereiro, o Palácio de Liria, em Madrid, foi palco da inauguração da exposição Flamboyant de Joana Vasconcelos, uma das mais reconhecidas artistas plásticas portuguesas da atualidade. Esta mostra, que reúne algumas das suas criações mais emblemáticas, resulta de uma colaboração com a maison Dior, reforçando a ligação entre arte contemporânea e alta-costura num espaço de profundo valor histórico.
A relação entre Joana Vasconcelos e a Dior reflete um diálogo artístico e criativo, onde o savoir-faire da maison se cruza com a ousadia e a exuberância das obras da artista. No entanto, esta não é a primeira vez que a Dior marca presença no Palácio de Liria. A relação entre a icónica casa de moda francesa e a Casa de Alba remonta a 1959, quando um jovem Yves Saint Laurent, então recém-nomeado diretor artístico da Christian Dior Couture, apresentou a sua primeira coleção para a maison: a icónica linha Trapèze. Durante a sua digressão internacional, a coleção foi exibida no Palácio de Liria, reforçando a ligação entre o universo da alta-costura e a aristocracia europeia.
Agora, décadas depois, a arte de Joana Vasconcelos e o legado da Dior voltam a encontrar-se neste espaço singular, celebrando a criatividade, o artesanato e a intemporalidade do luxo. Quanto a Flamboyant, trata-se de uma exposição inédita da artista portuguesa no Palácio de Liria. Com uma trajetória internacional marcada por esculturas e instalações monumentais, Joana Vasconcelos intervém nas salas e jardins do palácio, criando um diálogo entre a arte contemporânea e uma das mais prestigiadas coleções histórico-artísticas privadas do mundo. Diferentemente de outras intervenções da artista em palácios icónicos como Versalhes, os Uffizi, em Florença, ou o Palácio da Ajuda, em Lisboa, esta é a primeira vez que as suas criações são integradas num palácio ainda habitado.
A exposição estabelece um elo único entre as suas obras e as de mestres como Velázquez, Goya e Ticiano, bem como entre a sua identidade artística e a do Duque de Alba, cuja presença se sente em cada recanto deste espaço histórico. Para esta ocasião, Joana Vasconcelos selecionou mais de quarenta das suas obras, que se fundem harmoniosamente nos diferentes ambientes do palácio, incluindo áreas de acesso inédito ao público, como a capela, a sala de música e os jardins.
Organizada pela Fundação Casa de Alba e pelo Atelier Joana Vasconcelos, a exposição conta com o apoio, entre outros, da maison Dior, incluindo por isso “J’Adore Miss Dior”, uma das obras em destaque na mostra, e na sua recente exposição na boutique da Dior em Lisboa. Patente de 14 de fevereiro a 31 de julho, Flamboyant convida o público a testemunhar um encontro inédito entre o esplendor do passado e a expressividade vibrante da arte contemporânea.