Deve o seu nome à cor da rocha sobre a qual a localidade está construída e albergou, em tempos, a villa de Coco Chanel, Le Pausa. As ruas estreitas da parte medieval, a oliveira milenar — a mais antiga conhecida na região — ou a fortaleza Grimaldi, datada do final do século IX, conferem ao lugar um charme especial. Coco Chanel, Pablo Picasso, Winston Churchill ou Le Corbusier foram visitantes assíduos e são várias as atrações em Roquebrune que vale a pena ver.
O que fazer
Vale a pena percorrer a Promenade Le Corbusier e seguir os passos do famoso arquiteto modernista. O percurso, que vai de Roquebrune Cap-Martin a Menton, sugere vistas do mar e das suas águas cristalinas, das praias recatadas, dos jardins floridos e das villas escondidas.
De entre estas casas, sugere-se uma visita ao Cabanon de Vacances de Le Corbusier, uma cabana de construção modular onde o arquiteto e pintor passava férias, sempre em agosto, hábito que manteve durante quase duas décadas. O Cabanon é Património Mundial da UNESCO.
Também a Villa E-1027, projetada pela arquiteta anglo-irlandesa Eileen Gray e construída entre 1926 e 1929, a dois passos do mar, merece uma visita. A paisagem escarpada e as falésias dialogam com uma arquitetura modernista com interiores equipados com mobiliário multifuncional que Gray desenhou especialmente para a villa.
Onde comer
La Table de Patrick Raingeard (uma estrela Michelin) fica no piso térreo do magnífico solar que alberga o Cap Estel, o hotel de cinco estrelas situado numa península privativa com vista para o mar. O restaurante gourmet propõe uma experiência culinária única, enlevada pelas vistas para o mar. Formado por Alain Passard e Jacques Maximin, entre outros, “o chef tem um profundo respeito pela qualidade dos seus ingredientes e defende uma pesca que tem em conta a preservação dos recursos marinhos. Um fio de inventividade percorre os menus fixos (um dos quais é vegetariano), repletos de influências internacionais”, segundo o Guia Michelin.
O Maybourne La Plage, clube de praia e restaurante muito exclusivo, situado de frente para o mar, é o melhor testemunho da idade de ouro da Côte d’Azur. É a nossa escolha para refeições descontraídas e cocktails.
Para um jantar especial, propomos o Ceto, do chef Mauro Colagreco, premiado com três estrelas Michelin e inspirado na mitologia e na luz das constelações, cuja viagem culinária funde tradição e modernidade. A sustentabilidade é uma presença marcante nas suas criações sazonais, usando apenas ingredientes locais. O ambiente combina descontração e requinte, mas é a experiência gastronómica, em harmonia com a Natureza, que fazem dele uma paragem obrigatória, nem que seja para um cocktail de fim de dia.
Onde dormir
O exclusivo Hôtel Cap Estel, situado numa península privada de dois hectares em Èze-Bord de Mer, escondido entre a mancha de pinheiros, roseirais e jardins, e com um caminho que conduz até ao mar, é rodeado de beleza natural. Os seus jardins mediterrânicos, as fontes em cascata, o spa, a praia privativa e os vinte quartos e suítes fazem do Cap Estel um refúgio a visitar pelo menos uma vez na vida.
É ainda aqui que mora o restaurante de Patrick Raingeard (uma estrela Michelin). A história do Cap Estel, como tantas outras grandes histórias, começa quando Frank Harris, escritor irlandês, editor e amigo íntimo de Oscar Wilde, se apaixona pelo lugar, na extremidade de Èze-Bord de Mer. A partir de 1900, o terreno de pastagem foi transformado num estabelecimento de luxo para os americanos que visitavam a Riviera durante o inverno. Mais tarde, a condessa Mery de la Canorgue mandou criar os luxuriantes jardins do hotel. No final da Segunda Guerra Mundial, e no fim da ocupação alemã da propriedade, a mansão recuperou o seu fulgor, tornando-se, sob o comando de Robert Squarciafichi, um hoteleiro de Èze, um dos endereços mais procurados da Côte d’Azur.