A maison Piaget celebra o seu 150.º aniversário com uma coleção de relógios de alta-joalharia que destaca a extravagância e a elegância de um estilo muito próprio. Uma homenagem à sua mestria no uso do ouro e da cor, das pedras preciosas e do design, e savoir-faire exemplares.
Piaget Altiplano Ultimate Concept Tourbillon 150th Anniversary
Para assinalar este aniversário especial, a Piaget realizou uma proeza extraordinária, inédita na história da relojoaria. Cento e cinquenta anos após a fundação da maison, 67 anos depois de ter inventado o seu primeiro calibre ultrafino — o 9P — e seis anos depois de ter criado o relógio mais fino do mundo, o Altiplano Ultimate Concept (2018), a Piaget volta a ultrapassar os limites do engenho relojoeiro.
O relógio possui 2 mm, a mesma espessura do seu antecessor, e alberga o coração pulsante de um turbilhão. O Altiplano Ultimate Concept Tourbillon é um paradoxo em si mesmo e, contudo, as suas dimensões, que ultrapassam os limites da exequibilidade relojoeira, são uma afirmação visual e assinalam 150 anos de história humana e relojoeira. Com um diâmetro de 41,5 mm, resistência à água garantida até 20 metros de profundidade e uma caixa em liga de cobalto com tratamento PVD azul, o Altiplano Ultimate Concept Tourbillon tem todas as características de um relógio de uso quotidiano, mas os seus 2 mm de espessura e o seu turbilhão anular elevam-no a um plano diferente: o do extraordinário.
Posto em movimento circular por uma ponte que o envolve, o carrilhão do Altiplano Ultimate Concept Tourbillon subverte os princípios técnicos atuais de vanguarda. A assinatura gravada no seu verso, de par com um cristal de safira colocado sob o turbilhão, resume o processo que tem impulsionado a Piaget desde os seus primórdios: “Fazer sempre melhor do que o necessário”.
Mestres do Extraordinário
Com apenas 2 mm de espessura e um diâmetro de 41,5 mm, o Altiplano Ultimate Concept Tourbillon é, contudo, capaz de suportar a potência adicional de 25% exigida pelo turbilhão. Estes dados não são apenas uma série de números. Representam vitórias. Por detrás desta proeza técnica, há toda uma saga: uma corrida contra o tempo conduzida em segredo no interior da manufatura Piaget em La Côte-aux-Fées. Três longos anos de trabalho, de dúvida e de autoquestionamento que marcaram a vida de todos os que nela participaram.
A complicação turbilhão veio juntar-se às fileiras dos grandes clássicos da realeza relojoeira. Aqui, assume uma nova dimensão, simultaneamente técnica e poética, mantendo-se fiel à abordagem ancestral da maison: as realizações técnicas destinam-se apenas a servir a estética de um relógio. A precisão extrema foi o princípio orientador deste projeto. A Piaget teve de redesenhar 90% dos componentes do Altiplano Ultimate Concept original — e até desenvolver novas máquinas — para criar um relógio tão fino como o seu antecessor, com um turbilhão adicional. No interior do Altiplano Ultimate Concept Tourbillon, tudo é novo: as suas peças foram reinventadas e redesenhadas com base em anos de experiência. “A ligação com o Altiplano Ultimate Concept é clara, mas enganadora. Apesar do que possa parecer, fizemos mais do que apenas acrescentar um turbilhão. Reinventámos tudo”, como referiu Benjamin Comar, CEO da Piaget.
Piaget, a arte da ‘extraleganza’
No âmbito da Watches and Wonders 2024, e por ocasião dos seus 150 anos, a Piaget revisita o ano de 2023 ao fazer renascer alguns ícones da alta-joalharia: os inovadores relógios de pulso e o Swinging Sautoir, introduzidos pela primeira vez em 1969, bem como o precioso relógio Aura, lançado em 1989. Estas criações, consideradas as mais sumptuosas dos arquivos da Piaget, foram reimaginadas segundo a combinação exata de ousadia artística e mestria material.
Swinging Sautoir: Para compreender a evolução dos relógios de alta-joalharia mais preciosos da Piaget é preciso recuar até 1957 e ao primeiro batimento cardíaco do que está dentro de cada um — o ultrafino movimento mecânico 9P de corda manual nascido em La Côte-aux-Fées. O lançamento dos relógios Sautoir, em 1969, não foi apenas a reintrodução de um estilo antigo; foi uma versão ultracontemporânea do mesmo, combinando o seu know-how relojoeiro, o movimento ultrafino 9P, os mostradores ornamentais e todos os detalhes estilísticos do jet-set dos anos 60 e 70 — uma ousadia de escala, abundância de cores e extravagância de metais preciosos. Usados em camadas, como colares ou cintos, baloiçando de um lado para o outro conforme os seus utilizadores passeavam, ficaram conhecidos como Swinging Sautoir.
Dois deles transformáveis para serem usados no pulso. Para o primeiro, os artesãos criaram as correntes de ouro retorcidas à mão, transformando fios de ouro que caem, harmoniosos, para serem ancorados com o relógio. Cada caixa Swinging Sautoir é apresentada numa nova peça trapezoidal, arredondada, uma referência à forma das caixas da coleção original de 1969. A cor icónica dos anos 70, azul e verde, é vista num colar de contas de malaquite e turquesa, que irradia, extravagante, da corrente de ouro trançada à mão e cravejada de diamantes, intercalada com safiras amarelas e diamantes de lapidação brilhante. O relógio com mostrador em turquesa está suspenso por uma dupla de pedras preciosas — uma safira amarela rara e importante, de 29,24 ct., originária do Sri Lanka, e uma água-marinha de 6,11 ct., elevando o Sautoir a um colar de alta-joalharia que pode ser usado sozinho; o seu componente de relógio pode ser destacado, sem esforço, para ser usado numa bracelete de cetim verde. O segundo Sautoir transformável apresenta uma corrente dupla — uma delas cravejada de diamantes — ancorada por um cabochão de opala branca caleidoscópica de 11,68 ct. que suspende a caixa do relógio. A exuberante borla de diamantes, ouro e calcedónia equilibra-se a partir de uma rara safira amarela de corte esmeralda, conferindo a toda a peça a extravagância que define a maison.
Relógio de pulso: O ano de 1969 assistiu ainda à introdução do relógio de pulso, um estilo arrojado, em exuberância, em escala e nos materiais usados: ouro gráfico, braceletes de ouro com texturas pesadas e mostradores de cores vibrantes. De tal forma, que os relógios dramáticos da coleção do século XXI foram aclamados na imprensa como os relógios “da elite internacional”. Depois de a bracelete Hidden Treasures 2023 ter sido distinguida com o prémio Ladies Watch do GPHG, a maison apresenta nesta estação uma nova abordagem a este ícone. O mostrador em opala preta, diluído com verdes e azuis iridescentes, deixa-se revelar no pulso, onde a corrente de ouro feita à mão parece crescer organicamente sobre o mostrador, assim como um coral na sua assimetria.
Aura: O primeiro relógio de alta-joalharia Aura foi revelado em 1989 e provocou um frenesim de entusiasmo. A ousadia da integração perfeita entre a bracelete e a caixa, pavimentada com diamantes lapidados em baguete, serão sempre testemunho da proeza da Piaget na cravação de pedras preciosas. Belo por dentro e por fora, este relógio ostentava um movimento ultrafino, o Piaget Manufacture Ultra-thin de corda manual 40P, quando a maioria das relojoeiras usava movimentos de quartzo para os seus relógios preciosos. Por ocasião do seu 35.º aniversário, a maison celebra este ícone com o lançamento de duas peças únicas engastadas com tons de rubis, safiras cor-de-rosa e diamantes. As técnicas de corte e de engaste permitiram criar uma face de rubis finos que irradiam a partir do centro do mostrador, destacando a cor, profunda e saturada, justaposta com diamantes cortados em baguete. O efeito de gradiente de cores é obtido na segunda variação, com o vermelho profundo dos rubis que se esbatem, impercetivelmente, até às safiras rosa mais suaves e aos diamantes. Existente em dois tamanhos, estas novas adições à coleção Aura estão no auge da alta-joalharia e da relojoaria.