Frequentou o Pineapple Dance Studio, em Londres, e foi coreógrafo de Ricky Martin e Enrique Iglesias, entre outros nomes do meio artístico. Em Portugal, foi ainda bailarino do programa Chuva de Estrelas até ao dia em que Paulo anteviu outras possibilidades, reconhecendo em si próprio todo o potencial e capacidade criativa. Nasceu, assim, a sua empresa PMP Eventos, que já soma mais de duas décadas.
Em que consiste a PMP Eventos?
É um barco criativo que navega nos oceanos da imaginação, movido pela paixão. Transporta uma tripulação muito especial, reconhecida como pioneira e inovadora na forma como organiza espetáculos e eventos, elevando-os a um nível superior. Do setor corporativo à cultura, passando pelo entretenimento, em Portugal e em mais de 25 países, o nosso trabalho procura realizar o sonho de cada cliente e espetador, tendo como azimute soluções ‘fora da caixa’. Atualmente, a empresa dá trabalho a mais de mil profissionais das mais diversas áreas artísticas. Em 2019, nasceu o Big Idea Portugal, um hub criativo de negócios relacionados com a indústria criativa, artística e tecnológica que reúne microempresas/projetos de vários setores no mesmo espaço — uma das quais, recebeu uma distinção da Web Summit Portugal —, que inclui ainda dois estúdios de produção de imagem, chroma e fotografia, ateliê de produção de guarda-roupa e adereços.
Que tipo de eventos constam do vosso portefólio?
Somos uma empresa todo-o-terreno. Organizamos eventos de baixa, média e alta intensidade e estas designações têm que ver com a dimensão dos espaços, número de convidados, audiovisuais, produção geral, artística e tantos outros fatores que fazem parte de toda a produção e organização. Produção e organização de eventos, espetáculos, direção artística, ativação de marcas, arte performativa, animação e outras categorias, dentro das sete artes, nomeadamente os grandes festivais de verão, constam do nosso menu de atividades.
Criou uma palavra para definir o que mais gosta de fazer, “dreamar”. Como a define?
A palavra nasceu no ato da criação! A primeira coisa que me vem à cabeça é surfar a maior onda do mundo sem rede: vamos “dreamar!”. É quando descolamos os pés do chão e levantamos voo, inspiramo-nos nos melhores do mundo e temos o privilégio de pensar no impossível para criar o possível.
Que ferramentas usam para se manterem atualizados?
“Crio, logo existo”. Esta citação descreve a nossa forma de atuar no mercado. Estarmos atualizados e inovar são valores predominantes. Estarmos atentos às novas tendências para agregar mais valor à nossa criatividade e oferecer soluções mais inovadoras e criativas está no nosso radar. A Internet tem um papel fundamental, é a forma de nos atualizarmos sobre o que há de novo neste setor no mercado internacional. Como o são os famosos #trendings, com informações sobre o que é novo, porque os clientes estão cada vez mais exigentes, pesquisam e leem avaliações, verificam a credibilidade das empresas e querem trabalhar com as mais inovadoras. Além disto, é muito importante a aliança de mentes criativas: uma equipa desafiada a criar e a desenvolver novos embrulhos torna-se, só por si, uma fonte de inovação.
Quais são os maiores desafios que enfrenta e como os supera?
Somos uma equipa que veste a camisola amarela, pedalamos e olhamos sempre para a frente! Este é o maior desafio: ditarmos as tendências criativas na nossa área de atuação. Um dos maiores desafios tem que ver com o tamanho da nossa geografia, por essa razão estamos a apostar, também, na internacionalização da PMP Eventos.
Quem é a sua principal inspiração? O que mais o motiva?
A minha inspiração é, sem dúvida, Franco Dragone, homem multidisciplinar e o criador de dezoito espetáculos do Cirque du Soleil que nunca saíram de cena! Motiva-me ver as pessoas que realizam os seus sonhos, que fazem o que realmente amam, seja qual for a sua forma de arte ou expressão artística.
Que caso de sucesso ou evento notável recente partilharia com os nossos leitores?
Fomos desafiados a produzir um espetáculo dentro das comemorações da Jornada Mundial da Juventude, no parque da cidade no Porto. Retratámos a história de todas as jornadas mundiais, desde a primeira edição até à mais recente, em Portugal, que contou com a participação de cerca de 100 artistas de diversas áreas, uma equipa de produção, técnica, guarda-roupa, músicos, efeitos visuais e técnicos, gruas com capacidade de elevar artistas a 100 metros de altura, espetáculo de laser e muito mais.
Foi notável devido ao pouco tempo que tivemos para a criação, planeamento, implementação e execução e também pelo feedback do cliente, cujas expetativas foram superadas e nos disse tudo fazer para levar o espetáculo a vários pontos do mundo.
O que está para breve nos planos da PMP Eventos?
Fortalecer uma equipa desde já forte, capaz de entregar mais do que o solicitado, continuar na linha da frente, criar soluções e produtos de forma a impactar cada vez mais clientes e público em geral. Estamos a crescer de forma sustentada, temos muitos sonhos e metas para alcançar que, por razões estratégicas, ainda não posso revelar, mas o nosso foco está na equipa e clientes, e os nossos planos estão na liderança do setor. As metas estão bem desenhadas no universo!
Como foi idealizar o conceito para o sunset dinatoire do F Club?
Foi um grande desafio! A aliança de mentes foi imediata, a Fátima Magalhães é uma líder por excelência, com uma grande visão. O F Club é uma marca triunfante e, para nós, desenhar e produzir este evento é um motivo de orgulho. Estar com os melhores na linha da frente é um dos nossos objetivos.