A coleção, revelada na Garde Repúblicaine, em Paris, no passado dia 30 de setembro, é uma celebração da feminilidade, leve e perfeita para abraçar a primavera/verão do próximo ano.
Desenvolvida pela Diretora Artística da marca, Nadège Vanhée, esta coleção estabelece um diálogo suave e doce entre a natureza e a mulher, entre as paisagens e a moda. As silhuetas sensuais e contemporâneas interagem com os campos de searas, escondem e revelam, acentuam os contornos do corpo e parecem dançar, sem frenesim ou pressas. A natureza é leve, livre, acolhedora e resistente e estas qualidades são ecoadas nas peças da nova coleção ready-to-wear da Hermès, que as propõe numa atitude quase libertadora.
Feitas para proteger, mas não para esconder, para envolver, e nunca para impedir, para facilitar os movimentos, como uma segunda pele. Formam um contorno ao longo da linha dos ombros e afinam a cintura, descobrem a pele sem expor: um ombro, uma ponta de omoplata, um decote… E depois há todo o diálogo entre tecidos e tonalidades, entre curvas e cores, observado em combinações ousadas e inesperadas, que desafiam os códigos e as aparências — um casaco tom de ervilha equestre sobre uma minissaia de malha de seda canelada; um casaco rouge de caxemira e seda drapeado sobre um body com raízes desportivas, um casaco fluido tipo avental e calças de sarja de seda lavada ou uma saia envolvente com acentos nas calças e um gilet de manga curta tipo bolero em azul-preto que reenquadra o fato. É toda uma dança suave, um vaivém de tecidos leves, brisas, materiais, folhas. Uma coleção que aqui na redação saudamos com especial agrado.
Por: Isabel Figueiredo