Há mais de 30 anos que o nome João Portugal Ramos é associado aos melhores vinhos portugueses. Primeiramente, como experiente enólogo consultor de reconhecidas marcas de vinho e, desde 1992, como produtor engarrafador. O Alentejo foi a primeira região a ser eleita para produzir os seus primeiros vinhos, tendo a sua atividade sido alargada posteriormente ao Ribatejo. Mais tarde, em 2007 surge um projeto situado no Douro.
João Portugal Ramos, sem dúvida, um dos mais reconhecidos enólogos portugueses, dá nome ao Grupo João Portugal Ramos Vinhos (JPRV), que, em 2022, celebrou 30 anos de existência. Atualmente, este grupo produz e exporta cerca de 60% dos seus vinhos para mercados além-fronteiras como a Polónia, a Suécia, os Estados Unidos da América, o Brasil, a China, Angola, a Bélgica e o Canadá, entre outros.
Atualmente, as suas marcas de vinhos, internacionalmente premiadas, provêm de regiões tão distintas como Alentejo, Douro, Beiras e a região demarcada de Vinhos Verdes, e procuram dar rosto e um lugar de destaque mundial a todos os vinhos, sendo as suas marcas mais emblemáticas a Marquês de Borba e a Duorum. Antes de fundar a JPRV, João Portugal Ramos foi consultor-enólogo de várias adegas do país, tendo tido uma enorme influência na forma como o setor evoluiu quer na qualidade, quer no reconhecimento internacional. Hoje, o grupo afirma-se como um elemento de desenvolvimento económico e vinícola, e encontra-se presente em todo o mundo, dando a conhecer os esplêndidos vinhos portugueses que produz.
Um dos vinhos que se tem destacado é o João Portugal Ramos Alvarinho Reserva Espumante Bruto Natural 2016. Em 2012, João Portugal Ramos tinha elegido a sub-região de Monção e Melgaço, na região dos Vinhos Verdes, para abraçar um novo projeto onde o terroir lhe permitisse produzir estes vinhos elegantes e sedutores que têm tido uma crescente procura, tanto no mercado nacional como além-fronteiras. E este foi o primeiro espumante Reserva Bruto Natural produzido na região. As uvas foram vindimadas manualmente e sujeitas a uma prensagem suave à chegada à adega. Após clarificação por decantação estática, ocorreu a fermentação alcoólica a cerca de 15 oC, obtendo-se o vinho base espumante. Quinze por cento do lote fermentou em barricas de carvalho francês de três e quatro anos, onde permaneceu sobre as borras durante oito meses. Após estabilização tartárica do vinho base, seguiu-se a tiragem para a segunda fermentação em garrafa (método tradicional champanhês). O estágio em garrafa sobre as borras da segunda fermentação foi de aproximadamente vinte meses. De bolha fina e persistente, apresenta-se muito elegante e harmonioso, com um longo final marcado pela mineralidade típica da casta que lhe deu origem.