Ana Lourenço, fundadora da Blossom Translations, com raízes norte-americanas, lidera uma empresa consolidada na área da Tradução. A Blossom Translations presta um amplo leque de serviços linguísticos que incluem tradução e revisão de alta qualidade.
Fundada em 2015, a empresa “tem como objetivo prestar serviços integrados de confiança e conta com uma equipa com vasta experiência na área. Oferece uma ampla gama de serviços linguísticos que incluem tradução, revisão, a empresas e a particulares, sempre respeitando a terminologia especializada exigida. Cobre uma grande variedade de idiomas e áreas temáticas e a nossa equipa de tradutores experientes e qualificados garante alta qualidade no trabalho que oferecemos”. Assim se lê na apresentação da Blossom Translations.
Como foi começar uma empresa em Portugal numa área tão requisitada como esta? Que desafios encontrou nos primeiros tempos e como lidou com os mesmos?
Vou ser sincera, os conhecimentos aos quais desde início tive acesso facilitaram-me muito o trabalho. Os eventos, conferências internacionais e networking informal em que fiz questão de estar presente, logo após a minha formação universitária, foram inspiradores e cruciais para decisões profissionais que tomei, entretanto. O facto, também, de ser filha e neta de empresários, talvez tenha ajudado em termos genéticos também. (Risos)
A tradução, sim é requisitada, mas ainda há muito que fazer no que toca à educação do público, quer sejam empresas ou indivíduos. Um dos principais desafios tem sido o de transmitir os riscos da tradução feita por não-profissionais e não nativos.
Recentemente, tive uma reunião com um escritório de advogados que arrisca traduzir internamente os documentos, e que confia no nível de Inglês que tem para traduzir os conteúdos para esta mesma língua. Isto é muito comum, mas é também muito arriscado porque enganos podem significar perdas ou atrasos de processos, de clientes, etc.
Vamos pensar agora que quer exportar um produto para a China e decide confiar no seu nível ainda alto desta língua. Porque não é profissional, não acerta na tradução do slogan e o mesmo ganha um significado contrário ou até pejorativo. Em primeiro lugar, quem o irá comprar pensa logo “se esta marca não se preocupou em traduzir isto corretamente, será que se preocupou com a qualidade do produto que está a vender”?, e depois, ou em segundo lugar, não compra o produto, ponto. Não basta saber uma língua a fundo para a saber traduzir.
Outro desafio que nos vimos obrigados a ultrapassar para a recente reconstrução do negócio foi o de perceber as lacunas do mercado, de que é que as empresas realmente precisam no âmbito da tradução, revisão e interpretação e como é que nos podemos destacar.
O que vos distingue?
Da nossa equipa fazem parte tradutores e intérpretes profissionais nativos, e todos têm a partir de 10 anos de experiência. São profissionais especializados em diferentes áreas e foram escolhidos a dedo pela fundadora, também ela tradutora. Significa isto que sempre que nos solicitam um serviço é selecionado um profissional especializado no tema da tradução solicitada.
Outros fatores que nos distinguem são a nossa rapidez de resposta, o respeito pelas datas de entrega e facto de a comunicação ser simples e eficaz. Do início ao fim de um projeto, a comunicação acontece com uma só pessoa, o que facilita, aproxima, personaliza e vai mais rapidamente ao encontro das necessidades do cliente.
Exemplo recente é o de um cliente que necessitava de serviços de língua gestual portuguesa. Era serviço que não tínhamos até ali. Passámos a incluir no conjunto de serviços e conseguimos fazê-lo devido à poderosa equipa e rede de profissionais de tradução, revisão e interpretação de que dispomos. Os nossos fatores de destaque são a nossa dedicação e esforço constante em responder de forma eficaz aos pedidos que surgem.
Qual tem sido o feedback dos vossos clientes, particulares ou corporativos, e em que medida estes se têm revelado importantes para o crescimento da empresa?
O feedback dos nossos clientes tem sido crucial para o nosso crescimento. Utilizamo-lo para mostrar aos potenciais clientes a eficácia do nosso serviço, para continuar a garantir aos clientes atuais que somos profissionais, competentes e focados. Temos clientes que nos apresentam sugestões e até clientes que, ao fazerem novos pedidos, nos levam passar a prestar novos serviços. Isto aconteceu recentemente com o já referido serviço de língua gestual portuguesa e tem acontecido com pedidos de tradução para línguas mais “exóticas”, como o árabe, mandarim ou japonês.
Como vê hoje o papel da mulher empresária, e líder de uma empresa, em Portugal?
Hoje e sempre a mulher empresária e líder é um exemplo para as demais não só em Portugal, mas em qualquer parte do mundo. A mulher empresária tem o papel de mostrar que com dedicação e empenho tudo se alcança. De mostar que, sim, é possível, mas que nada é feito sem um plano e um calendário. A líder de uma empresa é a que tem método para colocar objetivos em prática e o partilha. É a que quando avista obstáculos, trabalha para os ultrapassar. A mulher empresária, hoje e sempre, sabe admitir que é hora de parar e de pensar numa nova estratégia, novos caminhos e noutras soluções.
Vejo a empresária e líder também como mulher que ajuda o próximo, partilha o seu método e demonstra confiança para avançar com novos projetos. Esta líder tem o papel de transmitir às demais que aceitar desafios significa também planear como ultrapassá-los e ter uma agenda. Ter objetivos é essencial, mas planeá-los, e agendá-los, é fundamental, qualquer que seja o ramo de negócio.
Em que medida fazer parte do F Club se revela importante para uma empresa como a Blossom Translations?
Fazer parte do F Club é não só importante mas decisivo para a Blossom Translations. Decisivo na medida em que vai contribuir para o culminar deste que já não é apenas um projeto. O objetivo de tornar a Blossom Translations a agência de tradução e escolha número 1 para marcas de luxo internacionais representadas em Portugal, e vice-versa, nunca esteve tão perto. Viva o networking, as mulheres empresárias e viva o FClub! Obrigada, querida Fátima Magalhães.
Por Isabel Figueredo