Sobejamente conhecida internacionalmente, a artista plástica, que já soma 20 anos de carreira, é um dos rostos em destaque no almoço de dia 23 de setembro do F Club, onde estará presente com quatro obras da coleção Metamorfose.
Natural de Angola, radicada em Portugal, Márcia descobriu a Arte muito cedo, quando, ainda criança, foi viver para a Suécia. Ali cresceu e estudou. Ali abraçou o mundo da Arte, um mundo ao qual hoje pertence solidamente, com várias mostras, distinções, honras e muita dedicação. As numerosas formações, que lhe garantiram a especialização em várias técnicas, sublinham a sua maneira de ser perfecionista, atenta e curiosa. A primeira exposição pública é um bom exemplo disso, tendo sido planeada ao mais ínfimo pormenor, com uma nota de suspense que surpreendeu todos os presentes. O sucesso foi grande e o futuro avizinhava-se sorridente.
Em setembro de 2020, celebrou os seus 20 anos de carreira com uma festa no Casino do Estoril onde se reuniram colecionadores, amigos e potenciais clientes consolidando este caminho de sucesso. Foi uma forma de ali juntar todos os que têm, durante estes anos, acompanhado o seu percurso e de festejar uma carreira internacional rica em conteúdo e honras. A esta, juntam-se eventos de monta, nomeadamente a sua presença na mostra Art Index Dubai 2019 / Dubai World Trade Centre (Emirados Árabes Unidos), onde representou Angola com grande destaque ao ganhar o primeiro prémio – medalha de ouro -, com a obra Mumuila (80×80, óleo sobre tela) e cuja apresentação formal da medalha teve lugar, depois, em Lisboa, durante uma audiência com o embaixador de Angola em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, e o Adido Cultural da Embaixada de Angola em Portugal, Luandino de Carvalho.
A sua obra mereceu já vários louvores ao longo destes anos. Do Dubai a Paris. Do Mónaco a Itália. Como é sentir o apreço do público?
Estes últimos cinco anos têm vindo a revelar-se intensos e gratificantes. Para além das mostras no Dubai, em Itália, em Espanha e noutros países, é um motivo de orgulho ver o meu trabalho destacar-se na cena de Arte internacional, receber o prémio ‘Pincel de Ouro’ pela minha participação no Salon International D’Art Contemporain (2018), em Paris, no Louvre, onde representei a bandeira de Angola, entre outros. Da mesma forma, é altamente gratificante pintar o Presidente de Angola, João Lourenço, cujo quadro está hoje no palácio da presidência e ter tido o privilégio de ter estado na sua presença, e na do Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém. Todo este reconhecimento dá-me alento para prosseguir com o meu trabalho, o meu estudo, e dar a conhecer o que de melhor sei fazer.
O que está para breve em matéria de exposições?
Vou estar em Londres com uma mostra ainda este mês de setembro. Serão esses trabalhos que todas as presentes no almoço do F Club, de dia 23 de setembro, poderão ver ao vivo. Para além disso, o responsável pela minha agenda e organização de eventos, João Serra, está a ocupar-se ativamente de todos os eventos na calha, até porque nestes dois últimos anos, pelas circunstâncias que todos conhecemos, tive de colocar em pausa uma série de acontecimentos que já estavam agendados. Felizmente as coisas começam a acontecer!
À exposição já agendada para Londres, soma-se um outro projeto muito interessante e de grande escala: o intercâmbio cultural entre artistas de 180 países cuja missão é pintar um muro da paz em sete países, nomeadamente o México, o Peru, os EUA e Espanha. Eu estarei a representar Angola, o que é mais um motivo de enorme orgulho para mim.
Qual é o tema das obras que vamos poder ver no almoço do F Club?
Trata-se de uma coleção de quatro quadros a óleo, cuja temática é a Metamorfose, com borboletas como principais protagonistas.
Atualmente, quais são os seus principais mercados?
Diria que os países que mais obras adquirem são Angola, os Emirados Árabes, a Escócia, o Brasil e até mesmo Itália. É aqui que reúno os principais colecionadores.
Por Isabel Figueiredo