Gracinha Viterbo, arquiteta de interiores – à conversa com F Luxury

A arquiteta de interiores que conquistou três continentes

Aos 10 anos já sabia que queria ser Arquiteta de Interiores. Herdou o bom-gosto da mãe, Graça Viterbo, uma das decoradoras de interiores mais premiadas em Portugal; e descobriu também ser criativa quando se formou em em Londres, na Central St. Martins School of Art. Gracinha, um exemplo de criatividade e sucesso, expande o seu talento por três ateliês, em Portugal, Angola e Singapura, e sente-se privilegiada por fazer o que mais gosta e por ter a oportunidade de trabalhar em três continentes tão distintos e fascinantes.

Como define o seu estilo?
Sou naturalmente «camaleónica». Assumo vários estilos, desde o clássico ao rock ou do «boho» ao chique, num «pestanejar de olhos», e vivo-os bem.

A decoração para si é…
O olhar para o interior, a verdadeira identidade e carácter de alguém, uma interpretação de vidas através de espaços.

Três características transversais a todos os seus projetos de decoração…
Experiência técnica e profissional, acompanhamento personalizado e qualidade aliada ao conforto.

A melhor peça de decoração de assinatura que tem em sua casa é…
Os desenhos dos meus filhos, que exponho como obras de arte. Muito melhores do que qualquer uma das obras da nossa coleção privada.

E aquela que adoraria ter e ainda não comprou?
Um globo «extra large» pintado à mão pelos Bellerby & Co.

O projeto de decoração que mais gostou de fazer foi…
Apaixono-me e entrego-me com alma e coração a todos os projetos que faço. Neste momento, estou muito orgulhosa de ver o nosso projeto hoteleiro «Bela Vista Hotel & Spa», no Algarve, na lista dos 20 hotéis mais bonitos da Europa, e dos 21 hotéis com a vista mais bonita do mundo, ambas divulgadas pelo canal televisivo CNN.

O que mais a fascina no design de interiores…
A ligação emocional que se cria entre a pessoa e o espaço, a «história» que se conta e a «herança de memórias» que ficará para sempre.

O continente que mais a apaixona…
Sou uma «globe trotter» (cidadã do mundo). Trabalho e vivo em pleno todos os continentes.

Angola é…
O lugar que me ensinou a olhar para as cores de uma maneira nova e onde conheci mulheres e amigas fortes e extraordinárias.

O projeto de decoração mais ambicioso que fez foi…
Uma casa com 10 000 m2, em Banguecoque.

A principal tendência na decoração de interiores para o próximo ano é…
Quebrar com as tendências e encontrar uma identidade própria. Arriscar, ser diferente, encontrar peças que sejam únicas e misturá-las com gosto, de forma a que se tornem numa conjugação personalizada e equilibrada, com categoria e estilo.

O que mais a inspira…
Consigo inspiração em tudo, senão, olho outra vez até me inspirar… As viagens, as pessoas, as conversas e a arte inspiram-me sempre.

Um ícone de estilo…
Não tenho um, tenho três: Iris Apfel, Peggy Guggenheim e Diana Vreeland.

Um presente que nunca esquecerá…
Uma caixa, muito pequena, pintada pelos meus quatro filhos. Quando a abri, dizia num papelinho: «esta caixa está cheia de beijinhos». Levo-a sempre comigo nas minhas viagens de trabalho, que são muitas e longas.

Uma citação que subscreve…
«Only dead fish swim with the stream». Ou seja, «só os peixes mortos é que nadam com a corrente».

 A palavra que a resume é…
Não me resumo numa só palavra… (risos)

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