
A top model angolana
Vencedora do Elite Model Look Angola, Elsa Baldaia deixou a província angolana do Namibe aos 17 anos para se destacar nas catwalks e figurar nas capas de revistas internacionais. E a partir daí, não mais parou. Apontada pela revista GQ como um nome a seguir, já desfilou para nomes como Vivienne Westwood, Etam e Filipe Oliveira Baptista.
Já é top model há cerca de quarto anos. O que retira de positivo nesta sua experiência?
São vários os aspetos mas um dos principais foi a criação de uma maior autoestima, que fez com que eu acreditasse mais em mim e no meu potencial.
Como surgiu a oportunidade de entrar no universo da moda? E qual a sua primeira impressão desse mundo?
A oportunidade surgiu quando ganhei o concurso “Elite Model Look 2011”. Quanto à primeira impressão, acreditem que foi das melhores. Uma experiência inesquecível, mas pude perceber que as coisas não são tão fáceis como muitas pessoas pensam. É preciso muita dedicação, paciência e acreditar sempre que somos capazes.
Sendo conhecida internacionalmente, tendo desfilado, entre outras, para a marca de lingerie famosa em paris, Etam, como vê a evolução do seu trabalho?
Sinceramente, acabo por ser suspeita para falar deste assunto (risos). O meu trabalho tem vindo a dar passos largos e muito significativos, prova disso é que eu mesma, por vezes, nem acredito na repercussão que muitos dos meus trabalhos têm.
É uma das embaixadoras da moda angolana pelo mundo e faz parte de um grupo de várias manequins a dar cartas nesta indústria. O que tem a dizer sobre esta projeção?
Sinto-me muito orgulhosa por fazer parte deste arsenal, até porque isso permite-me levar o nome do meu país além fronteiras e fazer com que olhem para o nosso país como um potencial concorrente para uma afirmação nesta industria.
Atualmente, está a tirar a licenciatura em gestão de empresas. O que a motiva para tal? Como consegue conciliar com a moda?
Eu sempre sonhei em tirar essa licenciatura. Não obstante a isso sempre almejei grandes patamares, dentro e fora da minha área de conforto (a moda). Ou seja, estou consciente de que essa atividade tem um tempo determinado, quer queiramos, quer não, porque a dada altura atingimos uma idade que já não nos favorece e aí sim, eu precisarei fazer alguma coisa, nesse caso “gerir negócios”. Nada melhor que fazer uma coisa que goste e que sempre sonhei tal como a moda.
A Elsa tem passado por um grande mudança, quer a nível pessoal, quer profissional. Com viagens constantes, como lida com a ausência da família e dos amigos?
De facto. Graças a Deus, com a evolução da tecnologia, eu consigo amenizar essa ausência através das plataformas de comunicação virtual. Mas, obviamente, sofro muito com a falta de um abraço, de um beijinho e de um aconchego dos meus familiares e amigos. E confesso que isso tem sido um dos motivos de alguns momentos menos bons.
De que forma a cultura angolana está presente no seu dia-a-dia?
A cultura angolana está presente através da gastronomia e de alguns amigos.
Devido à sua profissão, tem certamente cuidados com o corpo. O que faz para manter a sua silhueta?
Bom, na verdade eu sempre tive uma sionomia favorável, mas claro que tenho uma alimentação regrada. Bebo muita água e sumos detox, tenho uma alimentação saudável e pratico atividades físicas com alguma frequência.
Mas há sempre aqueles “guiltypleasures” difíceis de resistir… Quais os seus?
(Risos) Pois é, e por incrível que pareça, não resisto a uma boa barrinha de chocolate.
Fora da passarelas e dos flashes, que estilo adopta?
Casual chique.
E para si, qual é aquela peça que nunca deve faltar no guarda-roupa de uma mulher?
Um simples e lindo vestido preto.
Qual é a sua maior ambição neste momento? E o que é que o futuro lhe reserva?
A minha maior ambição, neste momento, é trabalhar com muito a nco e pro ssionalismo, para um dia poder integrar o grupo da “Victoria’s Secret Angels”. Quanto ao futuro, acredito que só o tempo dirá…